Lideranças buscam solução permanente para operacionalidade da Refinaria Riograndese
A Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa discutiu, nesta quarta-feira (24), a garantia operacional de Refinaria Rio Grandense. O tema foi proposto em conjunto pelo presidente, deputado Adilson Troca e Alexandre Lindenmeyer. Durante mais de três horas foram discutidas diversas propostas de viabilidade econômica para a empresa. Por sugestão de Adilson Troca será criada uma comissão para acompanhar permanentemente a Refinaria.
O deputado estadual Adilson Troca abriu a reunião relatando a importância da Refinaria para Rio Grande e região. Ele recebeu um abaixo assinado contendo 35 mil assinaturas e um documento com 50 entidades e sindicatos apoiando a ampliação da produção. Troca afirmou que os interesses da comunidade de Rio Grande são o mote dos trabalhos em em favor da Refinaria Riograndense. “Entendemos a Refinaria pode até triplicar sua produção, desde que receba os investimentos adequados. Isto vai gerar mais empregos e arrecadação, e por isso estamos somando esforços. Sabemos que existem disputas políticas, mas queremos encontrar soluções”, defende.
Conforme o deputado Alexandre Lindenmeyer a Refinaria Rio Grandense, desde a época de sua fundação com Ipiranga, está diretamente ligada ao DNA de Rio Grande.
Emocionado, o presidente do Sindicato dos Petroleiros de Rio Grande, José Olioni, relatou as dificuldades enfrentadas na pela empresa e valorizou a qualidade da mão-de-obra. “Precisamos encontrar uma equação que atenda a todos”. Conforme ele a refinaria é viável economicamente, mas não está investindo o suficiente na sua estrutura. Ele acredita que a produção de Nafta pode ser uma boa alternativa.
O prefeito Fabio Branco mostrou que o retornos de ICMS relativo a Refinaria representa quase 40% da arrecadação do município. Ele defende a encampação pela Petrobras em virtude da capacidade técnica e de investimento. “A cidade vive um grande momento mas não podemos nos esquecer do que sempre nos sustentou, que é a Refinaria, o Porto e a pesca. A encampação diminuírá as angustias dos rio-grandinos com o futuro”.
Perspectivas
Em nome do Conselho de Administração da Refinaria Riograndese, representando o grupo Petrobrás, Ultra e Brasken, João Adolfo Oderich, disse que os compromissos assumidos na época da aquisição da Refinaria foram cumpridos, com fortalecimento gradual de investimentos graças aos três sócios. Ele relatou que estão projetados investimentos de R$ 22 milhões até o fim do ano e que para fazer frente a crise internacional do Petróleo, foi costurado um contrato prestação de serviços que garante a operacionalidade em tempo de de petróleo muito caro.
O Diretor Superintendente da Refinaria Riograndense, Hamilton Romanato Ribeiro, destacou a refinaria pode atuar em nichos específicos, como a produção de solventes especiais que terá nova planta inaugurada em breve. Ele credita a estas novas alternativas a garantia do futuro da refinaria. O gerente executivo da Petrobrás, Francisco Pais, corrobora o pensamento de Romanato e afirmou que está pessoalmente envolvido com a Refinaria Riograndense.
Para o coordenador da Federação Única dos Petroleiros, João Antônio Moraes, a encampação é melhor alternativa. “Precisamos de união entre as lideranças para que possamos exigir da Petrobrás a encampação. A Refinaria Riograndense é importante para Rio Grande, para o Rio Grande do Sul e fundamental para o Brasil”, concluiu.
Secretaria Estadual do Desenvolvimento.“Esta luta converge com os interesses do Estado”. Ele lembrou que a Petrobrás está inclusive importando petróleo. David Fialkow Sobrinho, assessor superior do Governo acrescentou que o Governo está a disposição para contribuir.
O presidente da Câmara de Vereadores, Renatinho, entregou um documento de apoio a causa. Pela Intersindical, Rui Mendes, reafirmou compromisso com a Refinaria Riograndense. O presidente da Aliança Riogrande, Renato Lima, explicou que o movimento apoia a refinaria, mas que o grupo ainda não tomou posição definitiva sobre a encampação. Clênio Nunes, do Sindicato dos Portuários, afirmou que é preciso fazer pressão junto ao Governo Federal.
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