Profissionais e instituições defendem otimização de diagnóstico e tratamento de câncer bucal


Em audiência pública realizada nesta manhã (27), a Comissão de Saúde e Meio Ambiente debateu  a questão do atendimento e acompanhamento do cidadão com diagnóstico de câncer bucal. Parlamentares, entidades e profissionais defenderam melhoria nos protocolos de atendimento.
O presidente do órgão técnico, deputado Adilson Troca (PSDB), destacou que a audiência pública foi solicitada pelo Comitê das Entidades da Classe Odontológica do Rio Grande do Sul para debater a ampliação e melhoria do atendimento das pessoas diagnosticadas com câncer bucal. "Reitero aqui todo o apoio da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa para as campanhas de educação e prevenção contra o câncer bucal", disse o parlamentar

O coordenador do Comitê das Entidades da Classe Odontológica do Rio Grande do Sul e coordenador da campanha de prevenção do Câncer Bucal no Estado (Maio Vermelho), Bernardo Fróes Godolphim, destacou que é necessário um diagnóstico rápido da doença, que atinge em torno de mil pessoas a cada ano no Rio Grande do Sul. Ele sublinhou que é necessário possibilitar à população o conhecimento mínimo para que se possa detectar o câncer bucal na sua fase inicial e sejam feitos os encaminhamentos necessários para o tratamento adequado.
Maria  Antônia Zancanaro de Figueiredo, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), alertou para a necessidade de um diagnóstico adequado que detecte o câncer bucal, além de disponibilizar os exames e intervenções cirúrgicas no menor tempo possível para que a doença não entre em período crítico e de mais difícil resolução, além de elevar os custos do tratamento.
O coordenador da Saúde Bucal da Secretaria Estadual da Saúde, Ramsés Araújo, destacou que o Estado atende aos pacientes de câncer bucal nas unidades de atenção básicas de saúde e  Centros de Especialidades. Ele relatou que existem 3.300 profissionais odontólogos que atuam no sistema público de saúde e sublinhou ainda a importância das equipes de saúde da família que conhecem a realidade e fazem o trabalho junto às comunidades.
Evelise T. da Rocha, coordenadora de saúde bucal da prefeitura municipal de Porto Alegre, destacou que existem seis centros de estomatologia que disponibilizam consultas para atender à população e que não existe lista de espera. Ela destacou que todas as novas unidades de saúde construídas no município possuem capacidade para atender consultas de saúde bucal, mas alertou para a necessidade de se avançar no início do tratamento e reabilitação dos pacientes acometidos por câncer bucal.
O presidente do Sindicato dos Odontólogos do Rio Grande do Sul, Andrew Pacheco, criticou o fato de a odontologia no Sistema Único de Saúde (SUS) ser tratada ainda como opcional.  Ele cobrou ainda que os pacientes de câncer bucal tenham suas sequelas tratadas no sistema público de saúde e recuperem plenamente o convívio social.
Maria Rita Ibañez de Lemos, representante do Conselho Regional de Odontologia RS (CRO/RS), enalteceu a realização do debate e reiterou total apoio da entidade à campanha Maio Vermelho, idealizada e realizada pelo Comitê das Entidades da Classe Odontológica do Rio Grande do Sul.
Também participaram da reunião o representante da prefeitura de cachoeirinha, Paulo Eduardo; a representante da Associação Gaúcha de Técnicos de Odontologia RS, Evelise Klein; a representante da Liga Feminina de Combate ao Câncer RS, Narcila Dourado Castro e a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde, entre outros.

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