Adilson Troca destaca manutenção de regras do Seguro Defeso
A base do
governo na Câmara dos Deputados aprovou ontem (07), em Brasília, a Medida Provisória
665, da presidente Dilma, que dificulta ao acesso dos trabalhadores ao
seguro-desemprego e abono-salarial. O Governo Federal propunha também o aumento
das exigências para o seguro-defeso, que atende os pescadores no período em que
pesca é proibida. Graças a mobilização sobre o tema, a regra não foi alterada.
A manutenção das regras
atuais do seguro-defeso foi comemorada pelo deputado estadual Adilson Troca (PSDB),
que pediu apoio da bancada federal do seu partido para os pescadores. Desta
forma, foi mantida a regra
vigente antes da edição da medida provisória. O pescador necessita ter ao menos
um ano de registro na categoria para ter direito ao benefício. A intenção do
governo federal era aumentar essa exigência para três anos. O benefício
passará a ser concedido pela Previdência Social e não mais pelo Ministério do
Trabalho.
Conforme Troca, a votação da medida
provisória marcou o enfraquecimento de direitos trabalhistas. Pela proposta inicial
do Governo a carência para o seguro-desemprego seria de 18 meses. O texto aprovado foi alterado em comissão mista. Assim, a carência para
o primeiro pedido de seguro-desemprego será de 12 meses de trabalho nos 18
meses anteriores à demissão. No segundo pedido, 9 meses; e nos demais, 6 meses
ininterruptos de trabalho.
O valor do abono
seguirá a mesma regra do décimo terceiro, ou seja, só será pago integralmente a
quem trabalhar o ano inteiro. Se trabalhou só cinco meses, por exemplo,
receberá apenas 5/12 do abono.
Os parlamentares federais aprovaram o texto-base da
proposta em votação apertada: 252 votos favoráveis e 227 contrários. A bancada
do PSDB votou em peso contra a proposta. O PT, ao contrário, votou
pela aprovação da matéria.
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