Posicionamento
Amigos, sempre me pautei pela
transparência, pela honra a confiança que recebo através do voto e pela
responsabilidade que ela gera. Por isso, nesse momento de muitas dúvidas,
contestações e crise, gostaria de esclarecer algumas questões que muitas pessoas
estão me fazendo através das redes sociais e também pessoalmente:
Sobre o parcelamento de salários:
É a pior situação. É o resultado mais duro da crise financeira do Rio Grande do
Sul. A verdade é que não há dinheiro em caixa para cumprir os compromissos. O
bloqueio das contas do Estado pela União comprova isso. Não é discurso
político, é a crua realidade. As diversas matérias na imprensa (fotos nesta
postagem) mostram a matemática crise.
Para mudar esta realidade é
preciso um conjunto de ações. A alteração nos saques dos depósitos judiciais
(também em foto, fica claro quanto cada governador já usou destes recursos)
podem ajudar a cobrir o rombo por um mês e pouco, mas não resolve. É um
paliativo curto. Vamos votar favoravelmente, mas essa ação precisa ser somada a
outras. Do contrário estaremos apenas empurrando novamente o problema para os
próximos meses.
Estamos trabalhando pela
renegociação da dívida com a União, que hoje nos toma muito dinheiro em juros.
Lutamos para recuperar dinheiro da sonegação, pela responsabilidade fiscal.
Ontem (01), em reunião com o
Governador Sartori, propus que os parcelamentos de salário sejam para todo o
setor público, não só para os funcionários do Executivo. Entendo que é o
justo. Ainda assim é preciso ressaltar que
nos últimos anos cada poder tentou reduzir seu custos ao máximo. A Assembleia
conseguiu diminuir bastante os gastos. Mas reafirmo, se a crise é para um, é
para todos.
Em meu gabinete, conforme
levantamento da Zero Hora no site Transparência, reduzimos muito os gastos. Fui
o deputado eleito no último mandato que menos gastou com diárias. Se for
feito um levantamento desde 2005 o mesmo vai se confirmar. Em meus 20 anos de vida pública nunca tirei
nenhuma diária internacional. Das verbas a que temos direito no gabinete,
devolvemos a maior parte. Humildemente, faço minha parte. Os dados estão
disponíveis no Portal Transparência em http://www2.al.rs.gov.br/transparenciaalrs
Fui líder do Governo Yeda na
Assembleia. Durante esta gestão houveram alguns dos poucos momentos nos últimos
40 anos em que o Rio Grande do Sul teve equilíbrio financeiro. O fato foi
reconhecido pelo Ministro da fazenda do Governo Dilma, Joaquim Levy. O Estado foi
entregue na época com as contas em dia e recursos em caixa. Decisões políticas
do governo passado, das quais eu pessoalmente discordo, trouxeram o RS a um
momento em que o Governo atual ficou absolutamente sem dinheiro para honrar
seus compromissos.
Há uma série de projetos em
análise para tentar superar a crise e oferecer mudanças estruturais para o
Estado. Eu, junto com a bancada do PSDB, estamos verificando a fundo cada uma
delas e o seu funcionamento como um todo. Se nada for feito, a crise se
aprofundará ainda mais. O funcionalismo precisa voltar a ter segurança de receber
em dia. O Estado precisa poder pagar suas contas. A população precisa poder
receber bons serviços. A roda precisa voltar a girar. É preciso tomar medidas.
Estou sempre em busca de fazer o
melhor. O gabinete está sempre de portas abertas para ouvir e agir em conjunto
com a sociedade. Não podemos mais esperar. O que está em discussão está acima
das diferenças partidárias.
Notícias sobre o tema:
Estado acumula perdas de R$ 34,6 bilhões por desonerações da Lei Kandir -
Governo calcula que dívida do RS é de R$ 6,8 mil por gaúcho
Entenda a Crise Financeira
Levy diz que não há como suspender o bloqueio das contas do RS.
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