Sistema Hidroviário e capacitação dos portos é debatida no primeiro encontro da PRÓPOR



O ato de instalação da Frente Parlamentar de Portos, Hidrovias e Polo Naval do Rio Grande do Sul (PRÓPOR-RS) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, ocorrida na manhã desta quarta-feira (13), serviu para iniciar um amplo debate sobre a adoção real do Sistema Hidroviário do Estado. Após o ato formal, o deputado Adilson Troca (PSDB), presidente da Frente, coordenou a primeira reunião.
Adilson Troca abriu o encontro destacando a necessária união do setor público, empresários e trabalhadores. Conforme ele, a intenção é conciliar a política com conhecimento prático e técnico. “Como rio-grandino, cresci testemunha da importância fundamental dos Portos para o crescimento de uma região. Com o polo naval e suas oportunidades vivenciamos recentemente um novo ciclo de desenvolvimento que agora se depara com imensos desafios. Da mesma maneira, temos enorme potencial em nossas hidrovias, ainda tão pouco exploradas. Estes são nossos temas centrais, que serão trabalhados de maneira estratégica e planejada”, afirmou Adilson Troca
Na ocasião, o diretor de Portos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) do Estado, Cláudio Neves, palestrou sobre o Sistema Hidroviário do Estado e o trabalho executado pela autarquia para sua manutenção, aperfeiçoamento e investimentos no Sistema e nos portos gaúchos. Neves explicou que o RS tem um manancial hídrico navegável, natural, de mais de 800 quilômetros. 
A larga utilização do modal hidroviário no Rio Grande do Sul foi defendida pelo presidente da Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), Willen Mantelli. Ele disse que uma barcaça transporta cerca de 4,5 toneladas, enquanto seriam necessários 54 vagões de trens e 160 caminhões para transportar a mesma capacidade. Mantelli propôs a criação de um fundo paraestatal para o desenvolvimento do setor. “O RS foi o pioneiro na instalação de hidrovias do Brasil, mas desaprendeu e abandonou o que foi realizado”, criticou.
Conforme o presidente da Frente, o sistema hidroviário do Estado é subutilizado, enquanto nos países desenvolvidos este modal é fundamental na logística de movimentação de cargas e de disseminação do desenvolvimento geopolítico e social. "É necessário fazer um trabalho de identificação de gargalos e dos motivos pelos quais esse modal é quase inoperante, ao mesmo tempo que devemos ajudar na identificação das possibilidades de crescimento e retitalização desse segmento de mercado", afirmou.
Presenças
Participaram do encontro o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco, o diretor do Porto do Rio Grande, Janir Branco, representantes da secretaria dos Transportes e Mobilidade, diretores da Superintendência de Portos e Hidrovias do Estado (SPH), empresários e entidades ligadas ao setor.


Foto: Beto Boca

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