Adilson Troca: Alerta para queda na Doação de Órgãos do Brasil
O
relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos sobre o primeiro
trimestre de 2016 traz dados preocupantes quanto a redução nacional no número
de doações de órgãos. Se em 2015 o país fechou o ano com uma taxa de 14,1
doadores efetivos por milhão de pessoas (pmp), nos três primeiro meses deste
ano houve queda para 13,1. O resultado é ainda mais alarmante se comparado à
previsão inicial de chegar a 16 doadores efetivos por milhão de pessoas.
Um
das exceções no cenário nacional é o Rio Grande do Sul. O estado avançou nos
índices, subindo de 21,9 em 2015 para 25,2 doadores efetivos pmp no primeiro
trimestre de 2016. “Aqui houve uma evolução constante na conscientização das
pessoas ao longo dos anos. A sociedade tem conhecido e apoiado esta causa e
isso ajuda muito para o processo dos transplantes”, afirma o presidente da
Frente Parlamentar de Estímulo à Doação de Órgãos, deputado Adilson Troca.
Ainda
assim, o deputado alerta para a necessidade de mais atenção ainda para a Doação
de Órgãos. “Por trás deste números estão vidas, está o sofrimento da espera e a
esperança de um transplante. Por isso fazemos uma apelo para que cada um
converse com sua família sobre a intenção e se tornar doador. Dessa maneira
será possível reverter a tendência nacional de queda”.
Pela
Lei brasileira a doação de órgãos só se concretiza através do consentimento dos
familiares. Por isso é fundamental aproximar o tema do cotidiano e fomentar o
diálogo na casa das pessoas.
Transporte
aéreo
No
fim de semana um levantamento do Jornal o Globo mostrou um problema até então
desconhecido na realização dos transplantes. Conforme o apontamento, entre os
anos de 2013 e 2015, 153 órgãos deixaram de ser transplantados por falta de
aviões da Força Aérea Brasileira para fazer o transporte de órgãos. Porém,
nestes mesmos dias, os aviões da FAB foram utilizados para o transporte de
ministros e autoridades.
O
transporte aéreo é fundamental para o processo de transplantes em função da
compatibilidade entre o órgão doado e o receptor e a necessidade de rapidez do
processo. Coração e pulmões, por exemplo, tem um prazo de apenas 4 horas entre
a extração e o enxerto no receptor. “É fundamental que o Governo Federal
normatize com urgência o uso dos aviões. A vida deve vir em primeiro lugar
sempre”, afirma o presidente da Frente de Estímulo à Doação de Órgãos, deputado
Adilson Troca.
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