Usina Termelétrica: Mobilização avança em Brasília



                O Rio Grande do Sul esteve representado por suas lideranças políticas e empresarias em Brasília, nesta quarta-feira (1º), para defender a implantação da usina termelétrica a gás natural liquefeito (GNL), planejada para ser construída em Rio Grande. Aconteceram reuniões junto ao Ministério de Minas e Energia e com os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
                O governador José Ivo Sartori ressaltou as políticas públicas voltadas à diversificação da matriz energética e de suprimentos para o Rio Grande do Sul e importância da usina para o Estado. Ele acrescentou que a usina vai gerar 1/3 da energia que o estado consome.
                Focado no impacto na economia local, o representante da Assembleia Legislativa, deputado estadual Adilson Troca, destacou que o empreendimento contribuirá para amenizar os efeitos da crise do Polo Naval, trazendo empregos e renda para população. “Nossa cidade não pode perder essa oportunidade”, afirmou.
                O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reconheceu a importância do projeto para o Rio Grande do Sul. O diretor-geral da Aneel, Romeu Donizete Rufino, lembrou que a outorga está revogada, mas a decisão pode ser revista. "Vamos observar o devido processo legal. Temos sensibilidade de entender a importância da usina para o setor elétrico e para os gaúchos", completou.
                O diretor da Aneel e relator do recurso, André Pepitone de Nóbrega, demonstrou ciência da urgência da decisão pela importância da termelétrica para o Brasil. "Para evitar incertezas, é importante reforçar a troca do controlador da Usina. Viabilizar esse empreendimento passa pela apresentação de ações concretas", finalizou.
                O recurso jurídico para reverter a revogação da outorga foi protocolado na Aneel em 19 de outubro e está em análise. O projeto, que estava sob responsabilidade da gaúcha Bolognesi, está sendo repassado para a norteamericana New Fortress Energy. O deputado Adilson Troca garantiu o apoio institucional da Assembleia Legislativa para a instalação da usina, liderando a coleta de apoio dos deputados de todos os partidos em favor da implantação.
                Números
                Com a efetivação da planta, estima-se que sejam gerados 2,4 mil empregos diretos e até 5 mil indiretos. A usina termelétrica de Rio Grande deverá contar com 1.250 mW de capacidade instalada e consumir 5,5 mm m³ de gás por dia. A capacidade de regaseificação será de 14 mm m³/dia, em um investimento de R$ 3 bilhões.  

                Participaram da audiência o governador José Ivo Sartori, o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindemeyer, o secretário estadual de Minas e Energia Artur Lemos Júnior, o Chefe da Casa Civil, Fábio Branco, a Senadora Ana Amélia Lemos, Senador Lasier Martins, deputado federal Darcísio Perondi,  deputado federal Carlos Gomes, o deputado estadual Adilson Troca, o vice-presidente da Federasul, Antônio Carlos Bacchieri Duarte, diretor da Fiergs, Luis Henrique Cidade, vice-presidente da Fecomércio, Leonardo Schreiner, representante da Farsul, economista Rafael Alberton, vereadores e secretários municipais de Rio Grande. 

Fotos: Luiz Chavez/Palácio Piratini

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