Quando o novo é fazer o que é certo

Este é um artigo deputado Adilson Troca publicado em diverso jornais no fim do ano passado que permanece atual até hoje. Vale a pena conferir para compreender bem o momento político e financeiro do Rio Grande do Sul:

Quando o novo é fazer o que é certo

A boa política consiste em colocar os Governos a trabalharem para melhorar a vida das pessoas e promover o desenvolvimento. Com este intuito os gestores públicos buscam inovações e soluções em todas as fontes possíveis. Algumas vezes, entretanto, a busca por grandes respostas faz com que aquilo que é mais simples acabe ficando para trás. O Orçamento 2009 do Executivo é a prova de que é fazendo o essencial que se chega aos grandes resultados.
A proposta encaminhada pela Governadora Yeda Crusius traz intrínseca uma questão absolutamente básica, mas que há 40 anos era deixada de lado no Rio Grande do Sul: o equilíbrio entre despesas e receitas. Durante 2007 e 2008 o Governo implementou o ajuste fiscal, modernizou a gestão e mostrou que é possível fazer mais com menos. A inovação, neste caso, foi fazer o que é certo. Não existe mágica. As soluções somente são construídas através de trabalho e vontade política.
Os frutos desta determinação serão colhidos, não pelo Governo, mas pela sociedade gaúcha. Em 2009 serão realizados investimentos da ordem de R$ 1,25 bilhão. Este dinheiro vai melhorar serviços e propiciar estruturas que fomentem o crescimento do Estado. Na prática isto significa mais empregos, renda, saúde de qualidade e melhorias na educação. Mas muito mais do que isto. Estes recursos, aplicados de maneira estratégica, permitirão que novos recursos sejam gerados no futuro, criando um ciclo de desenvolvimento que beneficiará a todos.
Para atingir este novo patamar é necessário superar antigos paradigmas. Deixar para trás ranços políticos, promessas vazias e irresponsáveis. A administração pública deve ser focada no bem estar da população, ter coragem para tomar as decisões difíceis e não ter medo de fazer o que precisa ser feito. Na política atual não pode mais haver espaço para demagogia e inconseqüências.
É certo que ainda há muito para ser conquistado. Porém, são as medidas tomadas hoje que permitirão a conquista de avanços no futuro. As lutas das categorias por aumentos salariais, o pedido de entidades por recursos para a saúde, educação e agricultura, a ampliação de verbas para melhorias nas estradas e a compra de mais equipamentos para a segurança são apenas algumas das causas extremamente justas que são apresentadas todos os anos e que infelizmente ainda não podem ser completamente atendidas.
Isso não por vontade do Governo, mas por imposição da realidade financeira do Rio Grande do Sul. O trabalho que vem sendo conduzido pela Governadora é de recuperação das finanças e da capacidade de investimentos. É isto que permitirá que as demais demandas sejam supridas gradualmente sem inviabilizar a máquina pública. Não adianta prometer o que não se pode cumprir. Cada real a mais para uma determinada área é um real a menos para outra. O Orçamento para 2009 tratou de equilibrar de maneira justa e responsável os recursos disponíveis para manter e melhorar os serviços, sem prejuízo ao funcionamento do todo que é o Estado.
A obtenção do déficit zero torna-se ainda mais importante no contexto econômico mundial que se apresenta hoje. Se ainda há insegurança quanto aos possíveis reflexos da crise em solo gaúcho, podemos imaginar os riscos de enfrentar este problema se não estivéssemos com a casa arrumada. O equilíbrio de contas foi atingido na melhor hora possível e nos dá mais tranqüilidade para enfrentar as intempéries do mercado financeiro e minimizar possíveis danos.
O Governo está cumprindo com seu papel e colocando em prática a boa política. Para isso foi preciso deixar de lado a tentação do discurso fácil, assumir posição e enfrentar a realidade. Isso é o novo. O novo é fazer o que é certo. A proposta Orçamentária para 2009 é o resultado deste trabalho e o início de uma nova fase para o Rio Grande do Sul e para todos os gaúchos.