Na mídia: Reajuste aos professores do Estado

23/03/2010 Correio do Povo Taline Oppitz p. 02

Apartes

Independentemente do resultado das negociações para conceder reajuste ao magistério, o esforço de Adilson Troca merece reconhecimento. Não é a primeira vez que ele assume a linha de frente em temas difíceis.

23/03/2010 Jornal do Comércio Política p. 25

Executivo estuda reajuste linear para o magistério

Após deixar uma reunião no final da tarde de ontem com o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Adilson Troca (PSDB), garantiu que o Executivo está fazendo as contas para ver se conseguirá conceder reajuste linear para o magistério.
O índice não está definido e depende do aval da Secretaria da Fazenda. Otomar Vivian está tratando do assunto com o encarregado da pasta, Ricardo Englert. Outra possibilidade que pode ser adotada para "engordar a negociação" é reapresentar a extensão do pagamento da matriz salarial, atualmente válida apenas para a Brigada Militar, aos servidores da educação.
A intenção, segundo Troca, é de que seja proposto um percentual de reajuste para além do piso de R$ 1,5 mil, contido na proposta original do governo. "Deve equivaler à variação da inflação, não mais do que isso", apontou o tucano, descartando a possibilidade de o governo atender ao reajuste base de 23,14% pleiteado pelo Cpers/Sindicato.
A resposta deve sair até amanhã, possibilitando que haja acordo com os servidores da educação a fim de que o governo envie o projeto para o Legislativo. Como é ano eleitoral, a governadora Yeda Crusius só tem até 6 de abril para sancionar reajustes salariais.
Otomar garante que não há como atender à demanda dos professores. "O impacto sobre a folha seria em mais de R$ 1 bilhão nas 30 mil matrículas", reafirmou. Ricardo Englert enfatizou que o Executivo aguarda ojulgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) do mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o piso nacional.
"O projeto que prevê o piso de R$ 1,5 mil está acima do nacional. Vamos garantir isso. Pagar o piso", referenda.
O lider da bancada petista, deputado Elvino Bohn Gass, também acompanhou o encontro de ontem e cobrou que o governo garanta um índice de reajuste linear, sem mexer no plano de carreira, e que converse diretamente com a categoria. "Não entendo por que o governo não apresentou nenhum índice, como fez com as demais categorias.
Estou confiante que o Executivo venha a se reunir com os professores. Insistentemente, foi o que eu pedi ao chefe da Casa Civil e ao líder do governo", relatou.


23/03/2010 O Sul Geral p. 04

Governo e oposição tentam salvar negociações e garantir reajuste para o magistério

O governo do Estado e os partidos de oposição tentam salvar negociações e garantir o reajuste salarial para o magistério. Qualquer projeto sobre aumento para servidores públicos precisa chegar à Assembleia Legislativa do RS até hoje, data limite para que seja possível a votação na terça-feira da próxima semana. Caso contrário, os professores poderão ficar sem qualquer reajuste em 2010.
O líder do governo, deputado Adilson Troca (PSDB), trabalha para construir logo um acordo para atender às reivindicações da categoria principalmente com a oposição. Uma das possibilidades é que seja também estendida ao magistério a chamada matriz salarial que já é garantida à segurança pública. Para o líder da bancada do PT na Assembleia, deputado Elvino Bohn Gass, essa seria uma forma de melhorar a proposta atual que prevê piso de 1 mil e 500 reais.
Ele se reuniu ontem com Troca e o chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. O petista reivindicou que o governo apresente uma proposta de índice de reajuste para o magistério já debatida com a categoria e que não haja no projeto nenhuma alteração nos planos de carreira. Segundo o secretário da Educação, Ervino Deon, o governo deseja implementar um novo piso para os professores, embora a categoria discorde da proposta.
"Entendemos que a elevação [do piso] para 1 mil e 500 reais beneficiará professores e, ao mesmo tempo, fará com que o Estado ultrapasse o patamar fixado pela Lei do Piso Nacional do Magistério." Conforme a legislação federal, o piso da classe para 40 horas no País é de 1 mil e 24 reais.
MOBILIZAÇÃO

- Amanhã, o Cpers/Sindicato (Centro dos Professores do Estado do RS-Sindicato dos Trabalhadores em Educação) reunirá a categoria em uma vigília na Praça da Matriz, no Centro da Capital, para pressionar a obtenção de um reajuste emergencial de 23,14%, a implementação do piso nacional de 1.312,85 reais e a manutenção dos atuais planos de carreira do magistério gaúcho. (KE com agências)

23/03/2010 Zero Hora Política p. 08

Piratini estuda nova proposta para professores

Pressionado pela oposição, o governo do Estado aceitou estudar uma nova proposta salarial para os professores. A promessa do Piratini é avaliar até amanhã uma série de alternativas que se aproximariam das exigências do Cpers. Mas o próprio governo reconhece que a hipótese de enviar à Assembleia o projeto atual –condenado pelo sindicato – continua iminente.
Em reunião, o líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, solicitou ao chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, e ao líder do governo na Assembleia, Adilson Troca (PSDB), um plano para contemplar todos os professores. A atual proposta do governo atinge apenas 20% do magistério.
Alinhado com a direção do Cpers, Bohn Gass pediu um percentual de reajuste no salário básico – sobre o qual são calculadas as bonificações do plano de carreira –, e não um complemento nos contracheques, como oferece o Piratini (veja quadro).
– E o governo precisa, com urgência, se reunir com a categoria. Houve encontro com todas as categorias, e é estranho que os professores fiquem de fora – diz o petista.
Após a reunião, Troca afirmou que a categoria só será chamada se houver avanço nos estudos. Segundo ele, “há uma distância muito grande” entre as reivindicações do Cpers e as limitações financeiras do Estado. Enquanto o projeto do governo provocaria, anualmente, um impacto de R$ 40 milhões nos cofres públicos, a reivindicação do Cpers representa R$ 1 bilhão por ano.
– Temos dois dias para trabalhar uma nova proposta, com reajuste para todos os professores – adianta Troca.
Mesmo sem acordo com o Cpers, a ideia do governo é enviar o plano para o magistério amanhã ao parlamento. Presidente do sindicato, Rejane de Oliveira garante que a categoria está tolerante a negociações:
– Apresentamos uma proposta. Quando há vontade de dialogar, o processo natural é o governo fazer uma contraproposta. O que não pode é mandar um projeto já rejeitado.
Para amanhã, o sindicato promete reunir dezenas de professores para uma vigília em frente ao Piratini.
Saiba mais
O PROJETO
- O salário inicial de professores com 40 horas semanais passa de R$ 862 para R$ 1,5 mil, por meio de complemento.
- Se futuramente esses professores vierem a receber alguma gratificação que faça seu vencimento ultrapassar os R$ 1,5 mil, deixam de receber o complemento.
- O valor do vencimento básico continua igual: R$ 640 para quem trabalha 40 horas por semana.
O QUE DIZ O CPERS
- Mais de 80% dos professores não são atingidos pela medida.
- Professores que hoje recebem menos de R$ 1,5 mil terão dificuldades para pleitear novos reajustes.
- O Cpers rejeita a ideia de complemento. A proposta é de um salário básico de R$ 826.

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