Pessoas com síndrome pós-pólio relatam falta de atendimento especializado


Discutir a situação das pessoas com deficiência que enfrentam a Síndrome Pós-Polio foi o objetivo da audiência pública promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente, presidida pelo deputado Adilson Troca (PSDB), na manhã desta quarta-feira (10). O proponente do debate, realizado no Espaço da Convergência Deputado Adão Pretto, foi Ernani Polo (PP), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência. Estima-se que 20 mil gaúchos vivam com a síndrome pós-polio, cerca de 1% do total de pessoas com deficiência.
Ari Heck e outras vítimas estão formando a Associação Gaúcha de Poliomielite e Síndrome Pós-Polio para buscar atendimento e outros direitos. Eles apresentaram uma proposta de projeto de lei. Atualmente, só existe atendimento especializado na Universidade Federal de São Paulo e apenas nove gaúchos são tratados. Heck, por meio do Ministério Público, garantiu o subsídio de sua passagem. No entanto, ele afirmou que outros estados também garantem alimentação e hospedagem. Entre os sintomas da síndrome, além da paralisia, ele citou fraqueza, intolerância ao frio, disfunção respiratória, apneia do sono, sono e dificuldades na fala. Os sobreviventes à doença têm hoje mais de 40 anos e o estado de saúde se agrava com a idade. Ele reclama ainda que os planos de saúde privados não abrangem a síndrome pós-pólio. “Somos fruto de um estado ineficiente na área da saúde.”
“A inclusão é uma obrigação de todos nós”, salientou o deputado Miki Breier (PSB). Ele se colocou à disposição das vítimas. O deputado tem diversas iniciativas parlamentares que apoiam as pessoas com deficiência.
O deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) acredita ser fundamental abrir um canal de comunicação com o próximo secretário da Saúde em busca de melhores condições de atendimento. Ele também destacou a importância da criação de uma política pública que atenda as vítimas.
Reunião ordinária
Antes, na reunião ordinária do colegiado, foi aprovado o requerimento do deputado Adilson Troca (PSDB) para que a Comissão de Saúde e Meio Ambiente delibere sobre a apresentação e protocolo de minuta de projeto de lei que institui o Código de Vigilância em Saúde para o Estado. Ao longo do ano, um grupo de trabalho, formado por diferentes profissionais da área da saúde, construiu uma proposta de projeto de lei para substituir a lei atual, que data de 1974.

Também foi aprovado o requerimento de audiência pública, do deputado Pedro Westphalen (PP) para discutir a incorporação de novas drogas ao Sistema Único de Saúde, no âmbito da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, para o enfrentamento do câncer, a ser realizada na própria Assembleia.
Participaram das atividades da comissão, os deputados Adilson Troca e Pedro Pereira (PSDB), Luiz Fernando Mainardi (PT), Dr. Basegio (PDT), Pedro Westphalen e Ernani Polo (PP), Ronaldo Santini (PTB), Carlos Gomes (PRB) e Miki Breier (PSB).

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